Experiências fora do corpo e de quase morte são fenômenos complexos que interessam à humanidade desde tempos imemoriais. Um grupo de pesquisadores do Irã (Shakeri, Ebrahimi, Jahromi, Tabehi e Naghi) tentou estudar esses dois fenômenos como intrinsecamente ligados.

Como os autores mencionam, 5–10% das pessoas tiveram uma experiência fora do corpo (EFC), e uma experiência de quase morte (EQM) é familiar a 6,3–23% dos sobreviventes de uma parada cardíaca. Ao mesmo tempo, a EFC é um dos componentes-chave das EQM. Os cientistas entrevistaram sete pessoas que tiveram morte clínica, todas relataram que se sentiram flutuando fora do corpo. Alguns foram até mesmo capazes de determinar a altura aproximada em que “pairavam”, e alguns disseram que podiam observar os objetos ao redor de todos os lados, em um ângulo de 360 ​​graus simultaneamente.

Os pesquisadores também citam métodos de provocar uma EFC sem trauma: hipnose e meditação. Tais situações são caracterizadas por elementos que não possuem explicações neurofisiológicas adequadas. Por exemplo, pessoas cegas desde o nascimento relataram que, durante a experiência fora do corpo, puderam ver o espaço circundante.

É necessário estabelecer uma base empírica para o estudo desses fenômenos. Os autores propõem criar dois monitores para controlar casos de EFC e EQM e instalá-los em salas de reanimação cardiopulmonar (RCP). Um monitor ficaria voltada para cima — de modo que apenas uma pessoa olhando de cima pode ver a imagem na tela. O segundo seria posicionado de frente para o chão, a fim de testar reivindicações de visão de 360 ​​graus.

Tentativas semelhantes de registrar evidências de EQM já foram feitas por outros cientistas. Os pesquisadores do Irã, no entanto, optaram por se concentrar no fenômeno da EFC em particular, com o objetivo de produzir um modelo mais preciso.

O artigo foi publicado em 2021 no Turkish Journal of Physiotherapy and Rehabilitation.

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