Apesar de um número crescente de técnicas de indução de sonhos lúcidos serem testadas a cada ano, nenhuma delas foi capaz de garantir um resultado de cem por cento até o momento. Hoje, esse é um dos principais problemas que atormentam os cientistas que tentam estudar os sonhos lúcidos em laboratório.
Em abril de 2020, um novo estudo foi realizado combinando um protocolo de fragmentação do sono com testes de realidade e estimulação musical. Os autores, Daniel Schmid e Daniel Erlacher, da Universidade de Berna, na Suíça, tentaram descobrir se tocar a mesma melodia durante a vigília e o subsequente sono REM pode aumentar as chances de ter uma experiência de sonho lúcido.
A ideia era que, ao tocar uma música familiar durante o sono REM, o participante seria lembrado de realizar um teste de verificação da realidade. O próprio sonho foi alternado com períodos de vigília. No entanto, embora os cientistas esperassem altas taxas de indução de estado da FASE bem-sucedida, os resultados foram inconclusivos.
Um total de 21 participantes passaram uma noite no laboratório do sono. A técnica de indução combinada conseguiu induzir sonhos lúcidos em apenas 3 deles (14,3%), e nenhum desses sonhos foi confirmado por sinais de movimento dos olhos. Assim, a combinação de estimulação musical com verificações de realidade provou ser menos eficaz do que muitas outras técnicas.
O estudo foi publicado em abril de 2020 na revista científica International Journal of Dream Research.