A prática dos sonhos lúcidos é frequentemente usada na terapia dos pesadelos. O avanço nessa área nos últimos anos é descrito em um artigo de cientistas brasileiros liderados por Tainá Carla Freitas de Macêdo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Os estudos revisados pelo artigo mostraram que esta terapia oferece resultados positivos na redução da frequência dos pesadelos, sua intensidade e o estresse associado. Isso se deve principalmente ao fato de que as técnicas de sonhos lúcidos ajudam os pacientes a desenvolver o pensamento crítico sobre o conteúdo de seus sonhos.
Ao perceber que está tendo um pesadelo, a pessoa pode deixar de ter medo de qualquer ameaça imaginária em seu sonho, percebendo que ela não representa um perigo real. Embora os pacientes nem sempre sejam capazes de mudar as cenas dos sonhos, até mesmo a crença no controle os ajuda a se sentirem confiantes em suas próprias habilidades e a aliviar a ansiedade.
Por outro lado, os cientistas também destacaram alguns estudos que demonstram que a falta de controle em um estado da FASE pode agravar os pesadelos, transformando-os em pesadelos lúcidos. Esses pacientes requerem terapia mais longa em combinação com outros métodos de psicoterapia.
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O artigo foi publicado em novembro de 2019 na revista Frontiers in Psychology.